A experiência que tenho vivenciado no processo de preparação para a Farra da Comunidade tem sido surpreendente. Por se tratar de uma construção cênica de rua, me obriga a regressar emocional e artísticamente ao início da minha experiência cênica. Naquela época eu estava em algum dos memoráveis anos da década de 90, onde de forma amadora, buscava, junto a um grupo de amigos, espaços onde pudéssemos nos expressar enquanto artistas brasilienses. A necessidade extrema de dizer algo constantemente terminava por nos conduzir aos espaços públicos da capital, onde de uma maneira despretenciosa fazíamos aquilo que queríamos, usando os elementos e ferramentas das artes expressivas, em especial aquelas ligadas às artes cênicas.